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Poema sofrido I

Duas mãos de palmas abertas que se afastam, linhas invisíveis que unem os dedos. Uma promessa a ser quebrada. Coração no estômago: dói, torcido, revoltado. Sangra, lágrimas viscosas de saliva e sangue. Na boca, o sabor a metal Sob o sol que queima. Fecho os olhos e fico. O sol queima tudo, oblitera tudo. Num perfeito e pleno instante suspendo a minha existência.